Na penumbra de teu coração,
caverna de fogo e água,
deita tua carne fatigada
na relva serena da terra...
E vê o murmurar das ondas,
vozes de tantos cantos,
a dizer do ir e vir da vida
no fluir tranqüilo do imenso;
Escuta o silêncio das pedras,
sua solidão e firmeza de rocha,
aquilo que permanece e dita
a idade das Eras, as trilhas antigas...
Deixa que o vento te abrace
e agite teus cabelos e sonhos:
ele sabe coisas do ar e do tempo,
coisas de longe... e de tão perto.
Ouve no silêncio da noite
aquela palavra que nos falta
e d-escreve serenamente
a poesia possível da graça.
Diante do árido barulho
da tempestade que ameaça
confia no vagar das ondas,
no vai e vem do oceano.
Se a solidão te acompanhar
vela entre estrelas e a lua;
canta ao vento, dança na chuva...
e acompanhado celebra tua vida.
Por isso, a vida é uma oportunidade;
um convite aberto ao horizonte,
uma possibilidade de encontro entre
nós e o coração da terra: tua carne.
Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu Nome dá glória; por amor da tua benignidade e da tua verdade. (Sl 115,1)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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