Por sobre o ruído
das multidões anônimas
das cidades cotidianas,
e o silêncio
arruinado pela angústia
da noite escura...
eu escuto teus passos
que se apressam
em anunciar a chegada
do dia !
Lá, na periferia do mundo,
entre os esquecidos
e os rejeitados...
Lá, em um canto qualquer
de um banco de praça...
Lá onde ninguém
sensato espera...
nos chega a Primavera
à criação inteira,
que entre dores,
geme e sofre,
sorri e canta;
em expectativa
o crístico parto.
Enquanto o sistema
traça seus laços...
uma Criança se aninha
no útero da Terra;
e bendizendo a vida,
ao nascer
mata a morte.
Ela nasce siderada
pela esperança
dos que amam,
pela fé daqueles
que fitam
o justo horizonte...
pelo amor
dos que sonham
com-paixão:
um Reino sem reis
aonde impera
a comunhão
e lei, assinada no coração,
dita a alegria da Graça.
Em um canto qualquer...
a flor anuncia-se
nos campos da Terra,
e rompendo o asfalto
(frio e falso do tempo)
abre-se à eternidade
do definitivo instante:
Ei-la, a Criança;
divina porque humana,
a cantar o re-novo canto:
‘o Reino de Deus está
no meio de nós...’
Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu Nome dá glória; por amor da tua benignidade e da tua verdade. (Sl 115,1)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
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