quarta-feira, 16 de junho de 2010

ITINERÁRIOS

Chegado agora ao ponto, ao porto,
d’onde outrora partiram barcos
que o destino nos legou ao norte;
à memória dos antigos bardos.

Sigamos andantes, cavaleiros,
por entre paisagens abençoadas:
povoadas de vigorosos visgueiros
a ventilar novas demandas.

Sigamos fiéis à Cruz anunciada
na aurora dos tempos, honradas Damas,
sabendo que a escuridão agoniza
diante da vera Luz da alvorada...

Cheguemos ao ponto, ao porto,
que o coração segue em círculo;
rumo à fonte do Cálice Vivo
do renascer primaveril da Graça.

Sabendo que não estamos (jamais) sozinhos
e a desesperança é o fim da picada;
seguros que, perseverando, veremos
o Amor vencer a morte... finada farsa.

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