terça-feira, 17 de novembro de 2009

PRIMAVERÃO OUTUBRECER.

Quando outubro
primavera-se em brisas
a despertar das cinzas
as brasas de junho,

o poeta re-colhe (então)
no ar, o perfume
dos cajueiros em voo
em pleno verão.

E carregado de janeiros,
de borboletas abelhudas,
ele amanhece vespertino;
aquela palavra fruta

pão de sua vida, arte
que se reparte: madura escrita.

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